Aparelho Auditivo e Amplificador Sonoro, qual a real diferença entre um e outro? Por que os amplificadores são mais baratos que os aparelhos auditivos?
Vou citar algumas características técnicas do aparelho auditivo:
- Processamento digital do sinal, que ajuda a reduzir o ruído e distinguir o sinal de voz, o que facilita a percepção da fala;
- A redução do nível de ruído de fundo, aumentando o conforto dos usuários;
- A flexibilidade na amplificação, proporcionando uma modificação seletiva de determinadas frequências (de acordo com as características pessoais de deficiência auditiva);
- É eficaz na redução do feedback acústico (aqueles apitos que todos ouvem);
- Possibilidade de utilização de microfones direcionais, o que facilita muito a percepção do som em determinados ambientes;
- Faixa de frequência estendida (a capacidade de ouvir uma grande variedade de sons);
- “Autoaprendizagem”, ajuste adaptativo que facilita o uso do aparelho;
- Possibilidade de conexão com dispositivos (TVs, smartphones etc.);
- Em geral, permite a máxima purificação do som transmitido para o usuário.
Estes são alguns dados informados pela Wikipédia. Além destes, o aparelho auditivo possui toda uma certificação na Anvisa e exige uma pessoa capacitada para ajustar o equipamento às necessidades do paciente e sua perda auditiva.
O amplificador, como o próprio nome indica, acaba “amplificando” todos os sons do ambiente, e não leva em conta o grau da perda auditiva. Se você tiver uma perda só em agudos (comum no envelhecimento), o amplificador não trará a clareza de fala, pois ele também vai aumentar os sons na faixa de frequência que a pessoa já escuta bem, podendo dar dor de cabeça, zumbido e até piorar a audição.
Tenho muitos pacientes que tentaram e alguns dão risada, pois dizem que não pode ter um barulhinho no ambiente que ele amplifica e não dá para entender nada. A tecnologia usada é aquela antiga, simples, sem ajustes, sem necessidade de um especialista cuidando do caso.
Por isso, são mais baratos e não passam por todos os registros necessários nos órgãos governamentais.
OBS: se fosse tão simples reabilitar a audição das pessoas, não teríamos alguns desafios e nem precisaríamos de uma faculdade para lidar com a surdez!
Vivian Estrela Brasil – Fonoaudióloga
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