Se um familiar seu não está usando os aparelhos auditivos porque pararam de funcionar ou porque não estão ajudando, você precisa destas dicas:

• Ouvido entupido de cera: uma das causas mais comuns de microfonia (aparelho apitando sem parar no ouvido do paciente) ou para o paciente não estar escutando bem, é ter acúmulo de cera dentro do ouvido. O cotonete e até mesmo o aparelho auditivo costumam ir empurrando a cera para o fundo da orelha, chegando a um ponto em que se forma uma parede que impede o som de passar.

• Aparelhos à pilha em que ela está virada ou gasta: não foi uma e nem duas vezes que usuários de longa data de aparelhos auditivos chegaram até a Clínica Estrela Brasil com a pilha do lado contrário ou então, sem querer, colocaram uma pilha velha no aparelho! É necessário sempre checar este item, mesmo que o seu familiar já use aparelhos há bastante tempo. Costumo dizer que este é um sinal amarelo, um indício de que uma demência pode estar aparecendo por aí! É fundamental, nestes casos, fazer uma avaliação completa do paciente.

• Aparelhos guardados em lugares úmidos: também já aconteceram várias vezes de perguntar onde o paciente guarda o aparelho auditivo e a resposta ser “no banheiro” (bem fechado na caixinha). A umidade deste ambiente acaba oxidando o cobre e outros materiais condutores que cabeiam os circuitos dos aparelhos eletrônicos. Outra situação que pode levar o aparelho a oxidar é a sudorese excessiva. Nestes casos, procure assistência técnica!

• Aparelhos muito antigos: a vida útil dos aparelhos auditivos é em torno de 5 a 6 anos. A cada ano, são lançados novos modelos com recursos que ajudam o paciente a fazer menos esforço de escuta. Aparelhos mais simples também podem misturar os ruídos com a fala e não ajudar em determinadas situações! Avalie com o seu profissional da audição suas atuais necessidades e em que os aparelhos auditivos podem lhe ajudar.

• O aparelho auditivo funciona, mas não ajuda: isto pode ocorrer por vários motivos. Primeiro: o paciente demorou muito para começar a ouvir novamente e as vias auditivas centrais ficaram “atrofiadas”. Segundo: o paciente já está com um princípio de algum transtorno cognitivo, a memória e a atenção auditiva ficam prejudicadas e ele não consegue acompanhar uma conversa. Terceiro: aparelhos auditivos mal adaptados e mal regulados. Quarto: a tecnologia dos aparelhos auditivos não é a mais indicada para o paciente e seu estilo de vida.

Caso você fique em dúvida do que está acontecendo, procure um serviço competente que saiba avaliar e orientar qual o caminho mais adequado para manter os aparelhos auditivos funcionando. Priorize que o seu familiar tenha um bom proveito destes!

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